VISITA

terça-feira, 29 de maio de 2018

VER-TE


A consubstancialidade da arte
                O fenômeno, ou milagre, da consubstancialidade reside em “dois serem um”. Este conceito é bastante usado no discurso cristão, quando se diz que Cristo é homem e Deus ao mesmo tempo. No entanto, isso pode acontecer – e acontece – nas artes, principalmente nas artes plásticas. Podemos perceber este fenômeno numa pintura, desenho ou escultura quando ele nos remete a outro artefato artístico, muitas vezes de matriz diferente. É o que acontece com o trabalho da artista plástica baiana Sayonara Brasil. Radicada na Paraíba há quase 30 anos, por meio de suas telas já representou o Brasil em mais de uma dezena de países, premiando a cidade de João Pessoa com sua mais nova exposição: “Ver-te”. As obras desta exposição mesclam elementos de duas Vanguardas Europeias: Expressionismo e Surrealismo. A primeira pode ser percebida nas obras que tratam a natureza carregada de sentimento e subjetividade. Todavia, não percebemos a agonia e as mazelas do ser humano, características fortes nas obras desta corrente representada por Edvard Munch, Modigliani, Kandinsky e  Van Gogh. Pelo contrário, as pinceladas de Sayonara e as cores que usa revelam o sentimentalismo por meio das cores e da abstração da natureza. A segunda (surrealismo) concentra-se nas obras “Ver-te” – que dá nome à exposição – e na tela “A margem”.
                Nestas duas obras a artista esconde mais que revela, pois coloca em primeiro plano as sensações e suposições. Na tela “Ver-te”, percebemos um cenário envolto pelas brumas do mistério, tal qual o nevoeiro de Boston e o cenário nos contos de Edgar Allan Poe. Aqui mora a consubstancialidade, nesse diálogo entre pintura e literatura. Assim como na obra “A margem”, que sugere bem mais do que revela. Nela, as margens existem, porém não são tão bem delimitadas quanto se pensa, a tela sugere um jogo entre homem e animal, que pode-se perceber na sugestão da silhueta de três pessoas que juntas formam a de um animal. Este jogo, em muito lembrou Vidas Secas, quando um papagaio fala mais que Fabiano, seu dono. “A margem”, assim como Vidas Secas, nos faz perceber que as margens entre a humanidade e a animalidade é  mais uma “margem” frágil do que uma determinante absoluta.
                Nesses termos a consubstancialidade se coloca nas obras de Sayonara. Contudo, esta é apenas uma das maneiras como ela pode se manifestar, porque o poético nisso é que a outra ponta deste laço muda abruptamente conforme o apreciador. Para mim, esse fenômeno deu-se por meio da literatura, para outro pode se manifestar por meio da música ou até mesmo pela referenciação em outras pinturas dantes vistas. A artista, com o seu ato criador, sensivelmente deixa no Outro a tarefa de concluir sua obra dentro de si pelas suas próprias significações. Sayonara é uma bela aparição no cenário artístico brasileiro que é tão cruel com seus pintores, ela desponta primeiramente no Mundo, para então voltar à sua “aldeia”. Apreciemos o trabalho magnífico dessa nossa artista.

Prof. Dr. Francisco Leandro de Assis Neto
Doutor em Literatura e Interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba. 


RELEASE
Duas Exposições simultâneas da Artista Plástica Sayonara Brasil. Uma Individual na Cidade de João Pessoa com a Curadoria da Artista Plástica Lúcia França. Outra Coletiva na Cidade de Vienna – Áustria. Representando duas Organizações Internacionais: O Festival 6 Continente com Sede na Cidade do Porto – Portugal, cujo Mentor  é o Promotor Cultural Filipe Larsen e a  Artcom Expo Internacional  of Artists com sede na Noruega.

Título da Exposição: VER-TE

Local: Exposição Centro Cultural Mangabeira Tenente Lucena.
Av. Josefa Taveira, 1777 – Mangabeira – João Pessoa.
Exposição de pinturas com sete trabalhos em dimensões e temas variados.  A maior Tela tem as dimensões: 1.50 X 1.50 cm. Técnica Mista. Título: A Margem.  Ano: 2018. Realizado também no mês de maio de 2018 a Tela com o Título: Cheia de Graça intensa bela de nossa fauna.

*Sobre o Festival e o Mentor do Festival 6 Continentes - O Festival

Filipe Larsen é um músico, um performer que não consegue distanciar-se do outro lado da música, ou seja, a realização e produção dos próprios eventos. Enquanto músico participou em inúmeros espetáculos e gravações com nomes de reconhecido valor da nossa música tais como Ana Moura, Rui Veloso, Mariza, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Ciganos D'Ouro, Pólo Norte, Lara Li, Fernando Girão e conviveu com nomes como John Beasley, Prince, Dennis Chambers, Jim Beard, Dave Weckl e John Patitucci.

O Festival ter características como estas:

Realiza-se mundialmente;

Realiza-se em dezenas de localidades;
Realiza-se parcialmente em simultâneo, num único fim-de-semana do ano;
Envolve todas as áreas culturais;
Dependência muito reduzida de patrocínios, apoios institucionais e de artistas de renome;
Abre os seus braços tanto a participantes amadores (que cumpram requisitos mínimos de qualidade) como as profissionais de renome;
Incentiva os artistas a dinamizar, com ou sem produtores e promotores, os seus próprios eventos participantes no Festival;
Espírito de grande democracia na medida em que em todos os locais participantes há vozes ativas na seleção dos espaços e artistas intervenientes;
O Festival 6 Continentes permite a promotores e produtores locais organizarem e gerirem os eventos locais participantes desde que cumpram as suas diretivas e filosofia;
Permite participações de outros festivais no Festival;
Cria intercâmbios culturais entre os diversos intervenientes ao nível global;
Edição de um livro sobre cada edição do Festival (o livro sobre 2014 estará editado em setembro de 2015).
Não há a pretensão de que cada característica seja original, mas algumas são, sobretudo conjugadas entre si.
Tenho neste momento uma pequena equipa de pessoas que colaboram sem pensarem na parte financeira à frente da Cultura. Delas, a mais importante é a minha cara-metade, Lisete Larsen, que é sem dúvida o meu braço direito no Festival 6 Continentes. Seguidamente, conto com colaboradores ao nível da comunicação e marketing, coordenadores continentais, designer gráfico, e assistentes administrativos (as). Estou a falar neste momento de uma equipa de 11 pessoas. Para a maioria delas, O Festival nesta fase só lhe toma algumas horas semanais. Para 2 delas (adivinhem quais), entre as 7 e as 14h diárias.
O Festival vive muito de um dos seus conceitos chave: criação de uma rede de representantes locais a nível mundial. Estou nesse sentido a selecionar representantes ao nível das localidades, países e continentes. Os representantes locais têm autonomia de seleção de local do(s) evento(s), artistas participantes e a gestão das receitas e despesas locais. Os patrocínios locais também são para os seus eventos locais. É essa a forma alternativa para poder realizar um Festival mundial sem tem um mega orçamento e uma equipa gigantesca.
Complementarmente ao acompanhamento à distância que é efetuado a nível "central" é seguida globalmente a filosofia do Festival e há também um elo comum ao nível da imagem.

Contato Sayonara:  9 82116416

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